2º Congresso Luso-Brasileiro encerra com a instituição de rede de auditores fiscais da língua portuguesa

Nuno Barroso foi eleito por aclamação o primeiro presidente da Rede.

A diretoria da Febrafite e da Associação Sindical dos Profissionais da Inspecção Tributária e Aduaneira -APIT, de Portugal, encerraram há pouco a 2º edição do Congresso Luso-Brasileiro de Auditores Fiscais, na noite desta terça-feira, dia 13, em Fortaleza, Ceará.

Durante a solenidade, os dirigentes das duas entidades realizadoras do evento instituíram a Rede dos Auditores Fiscais de Língua Portuguesa, uma entidade binacional que visa aglutinar forças e representar os interesses comuns dos profissionais da auditoria e inspeção tributária e aduaneira junto às instituições supranacionais, aos governos, parlamentos ou casas legislativas.

A diretoria da Rede foi eleita durante a solenidade de apresentação. Nuno Barroso, presidente da APIT, foi eleito por aclamação para presidir a entidade, tendo como vice-presidente, Roberto Kupski, e Lirando de Azevedo Jacundá como secretário-geral, representando a Febrafite.

A mesa dos trabalhos foi composta pelo presidente da Febrafite, Roberto Kupski; o presidente da APIT, Nuno Barroso; a diretora do Sindifisco Nacional e auditora fiscal da Receita Federal do Brasil, Juliana Simas; o vice-presidente da Federação Nacional dos Auditores Fiscais – Fenat, Rubens Roriz; e o presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital – Fenafisco, Charles Alcântara.

Nuno Barroso manifestou que a Rede surge como concretização do empenho colocado na promoção de uma reflexão permanente sobre matérias fiscais estruturantes, e aposta no desenvolvimento das parcerias entre os países, na criação de espaços de trabalho e de diálogo visando compartilhar o conhecimento e troca de experiências.

“Esta iniciativa nasce da vontade de contribuir ativamente para o desenvolvimento de sistemas fiscais modernos, que assegurem os princípios basilares de justiça e equidade, visando o crescimento sustentável, num contexto de defesa de Justiça Fiscal em prol de Justiça Social”, disse Barroso.

Roberto Kupski destacou que esse é um momento histórico para os integrantes das diretorias da Febrafite e da APIT. “Esta nova entidade representa mais uma importante atuação em defesa da valorização da carreira da auditoria fiscal dos dois países, além de aprimorar os mecanismos de controle e preservação da receita pública, mediante o intercâmbio de experiências, informações, recursos humanos e tecnológicos”, enfatizou o presidente da Febrafite.

Juliana Simas manifestou sobre a qualidade das palestras do Congresso Nacional e Internacional da Febrafite e da acolhida pelos auditores fiscais das Receitas Estaduais. “Esse congraçamento nos emociona porque nos tira dos problemas corporativos, por alguns momentos, para o campo da discussão acadêmica”.

Simas informou que levará a discussão sobre a rede para a diretoria do Sindifisco Nacional visando a adesão do sindicato que representa mais de 23 mil auditores fiscais da Receita Federal do Brasil.

Já Charles Alcântara desejou que a Rede tenha vida longa e profícua. Ele também se comprometeu a colocar em votação a adesão da Fenafisco, na próxima reunião deliberativa da Federação.

Ao final, Nuno ressaltou sobre a importância da consciência social dos tributos. “Somos cidadãos que promovem o cumprimento de obrigações fiscais enquanto auditores, mas somos cidadãos – pagamos os mesmos impostos, sofremos as mesmas indignidades quando políticos incompetentes criam ou repetem asneiras – assim, exigimos informação, diálogo e transparência”, considerou.

“Devemos trabalhar com união e solidariedade. Desta forma, somos mais fortes”, concluiu o recém-eleito presidente da Rede.

Sobre a Rede
A Rede dos Auditores Fiscais de Língua Portuguesa possui sede em Brasília, Brasil, e objetiva a promoção de sistemas tributários mais eficazes, com sistemas mais justos; responder ao fenômeno da globalização e à necessidade de transparência dos governos, da arrecadação e da utilização dos recursos; a defesa de um exercício efetivo e eficaz da cidadania fiscal, por meio da aposta na formação e informação, entre outros.

A nova entidade também promoverá eventos em parceria com as entidades dos países integrantes, com espaços de trabalho e de diálogo que potenciam a troca de conhecimentos entre os auditores fiscais brasileiros e portugueses.

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